A menopausa é uma fase natural na vida das mulheres que marca o fim de sua fase reprodutiva. Ela geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos.
Com a expectativa de vida atual, as mulheres viverão quase metade de suas vidas na menopausa.
Por isso, entender a menopausa não é apenas sobre os sintomas físicos, mas também sobre adaptar-se às mudanças emocionais e psicológicas para que as mulheres vivam essa fase com mais confiança e preparadas para lidar com as mudanças físicas e emocionais.
É crucial lembrar que cada mulher pode vivenciar o climatério e a menopausa de maneira diferente e o acompanhamento médico especializado e personalizado pode desempenhar um papel fundamental no gerenciamento dos sintomas e na promoção de uma melhor qualidade de vida.
Qual Médico Cuida da Menopausa?
A menopausa é uma condição que ocorre por redução da produção dos hormônios ovarianos e o médico que estuda e trata os distúrbios relacionados aos hormônios é o endocrinologista.
A Dra. Cristal é médica endocrinologista formada pela Santa Casa de São Paulo com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), com vasta experiência no tratamento e acompanhamento de mulheres nessa fase de vida.
“Como endocrinologista, entendo profundamente as complexidades desta fase e estou aqui para ajudar a navegar por ela com o máximo de conforto e saúde.”
Com uma abordagem atualizada no acompanhamento da menopausa, cada paciente é avaliada de forma personalizada os 4 grandes pilares que afetam a mulher na menopausa (físico, emocional, relacionamentos e hábitos de vida) para definir uma estratégia individual focada nas necessidades de cada mulher.
Depoimentos Reais
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Como a Mulher Entra na Menopausa?
A partir dos 40 anos, muitas mulheres começam a perceber mudanças em seus ciclos menstruais, o que marca o início de uma fase de transição chamada climatério, que antecede e sucede a menopausa.
Antes de a menstruação cessar de vez, temos o período da perimenopausa. Durante esse período, os ciclos menstruais podem se tornar irregulares devido à diminuição dos folículos ovarianos.
Consequentemente, alguns ciclos podem ocorrer sem a liberação de óvulos, resultando em níveis desequilibrados de estrogênio e progesterona.
Esse desequilíbrio hormonal pode manifestar-se por meio de sangramentos irregulares e fluxo menstrual mais intenso. É importante saber que nessa fase a mulher pode ter ciclos ovulatórios e por isso uma gestação espontânea pode acontecer.
Quando a mulher passa um ano inteiro sem ciclos menstruais, ela oficialmente entra na menopausa. Os sinais e sintomas associados à deficiência de estrogênio podem ficar mais pronunciados.
As ondas de calor se tornam frequentes, a insônia aparece, a irritabilidade e a depressão podem afetar o humor, e a fadiga e cansaço podem se tornar mais pronunciados.
Além disso, a atrofia da pele e da mucosa vaginal pode resultar em dor durante a relação sexual, enquanto as infecções urinárias recorrentes e a incontinência urinária podem se tornar mais prevalentes.
Outras complicações de saúde também podem surgir, incluindo dislipidemia, caracterizada pelo aumento do colesterol ruim e redução do colesterol bom (HDL), e aumento da pressão arterial.
A perda óssea, conhecida como osteoporose, pode se tornar uma preocupação séria, juntamente com alterações de memória e distúrbios cognitivos. Adicionalmente, muitas mulheres notam ganho de peso com aumento na gordura visceral, o que pode representar riscos para a saúde a longo prazo.
Climatério ou Menopausa? Qual a diferença?
- Climatério: é o período de transição que antecede e sucede a menopausa, marcando uma fase de mudanças significativas na função reprodutiva e nos níveis hormonais. Este período pode começar vários anos antes da menopausa (perimenopausa) e continuar após a última menstruação.
- Menopausa: é um ponto específico dentro do climatério, caracterizado pela ausência de menstruação por 12 meses consecutivos. Normalmente ocorre entre 45 e 55 anos, mas varia individualmente. Quando ela ocorre antes dos 40 anos, trata-se de uma menopausa precoce.
Entender essa diferença é crucial, pois os sintomas e abordagens de tratamento podem variar ao longo do climatério.
A perimenopausa, por exemplo, pode trazer sintomas mais intensos e necessitar de abordagens específicas de manejo.
Quais são os sintomas do climatério e menopausa?
A menopausa traz uma variedade de sintomas, que podem variar em intensidade de mulher para mulher. Esses sintomas são resultantes das mudanças hormonais e podem afetar tanto a saúde física quanto emocional.
1. Irregularidades menstruais
É o primeiro sinal que aparece, decorrente da queda da produção hormonal. Ele é característico da perimenopausa, ocorrendo meses ou até anos antes de a menstruação cessar de vez.
Nessa fase a mulher pode ter ciclos em que ovula e ciclos em que não ovula. Por esse motivo nesta fase há risco de ocorrer gestação caso não sejam utilizados métodos contraceptivos.
2. Ondas de Calor e Suores Noturnos
São sensações súbitas e intensas de calor, principalmente no rosto e no peito, que podem durar de alguns segundos a vários minutos. Eles podem ocorrer à noite, contribuindo para os distúrbios de sono da menopausa.
3. Distúrbios do Sono
Na menopausa ocorrem alterações no padrão de sono, como sono leve e que pode interrompido ao longo da noite.
4. Alterações de Humor
Irritabilidade, ansiedade e mudanças repentinas de humor podem ocorrer com frequência no período do climatério, havendo inclusive uma maior incidência de depressão nessa fase da vida.
5. Secura Vaginal
Com a redução dos níveis hormonais, ocorre a alteração da lubrificação natural, e isso pode estar associado a desconforto ou dor durante as relações sexuais.
6. Alterações na Saúde Sexual
Mudanças na libido são frequentes durante a síndrome climatérica
7. Perda de Massa Óssea
A osteoporose aumenta nessa fase da vida pois a redução dos níveis de estrogênio pode levar à perda de densidade mineral óssea, aumentando o risco de fraturas.
8. Alterações no Peso
As alterações hormonais do climatério favorecem o depósito de gordura na região abdominal (gordura visceral) em detrimento da massa óssea, ou seja ocorre uma mudança na composição corporal que é desfavorável à manutenção do peso.
9. Alterações na Pele e Cabelo
Pode ocorrer o ressecamento ou afinamento da pele e do cabelo, tornando a pele com aspecto envelhecido com o passar dos anos.
10. Alterações de Memória
Estudos recentes têm explorado como a transição para a menopausa pode afetar a função cognitiva das mulheres e até mesmo associação com demência.
Durante este período, muitas mulheres relatam alterações na memória e na concentração, um fenômeno frequentemente associado à diminuição dos níveis de estrogênio.
11. Aumento do Risco de Doenças Cardíacas
O risco de doenças cardiovasculares (DCV) aumenta significativamente após a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem.
Normalmente, as mulheres são cerca de 10 anos mais velhas que os homens quando apresentam pela primeira vez uma doença cardíaca coronariana.
Os estrogênios e também a testosterona estão envolvidos no desenvolvimento de DCV em mulheres, e esses hormônios desempenham um papel na função endotelial, no tônus vascular e também na função cardíaca.
Como deve ser o tratamento?
A jornada através da menopausa é única para cada mulher, e o tratamento deve ser igualmente personalizado. Cada mulher vivencia a menopausa de forma diferente. Portanto, é crucial que o tratamento seja adaptado às suas necessidades específicas.
Quando o tratamento deve ser iniciado?
Há um conceito conhecido como a “janela de oportunidade”, que se refere ao período ideal para iniciar o tratamento da menopausa, especialmente quando consideramos a Terapia Hormonal da Menopausa (THM).
Este período começa com o início dos sintomas já na perimenopausa ou no momento do diagnóstico da menopausa precoce e se estende por alguns anos após a última menstruação. Iniciar o tratamento dentro desta janela pode maximizar os benefícios e minimizar os riscos associados à THM.
Quais os Benefícios de tratar a Menopausa?
1. Alívio dos sintomas
Tratar os sintomas logo no início pode melhorar significativamente a qualidade de vida e ajudar a prevenir o agravamento dos sintomas.
2. Proteção da Saúde Óssea
A menopausa traz o risco de perda de massa óssea e o tratamento precoce pode ajudar a proteger contra a osteoporose.
3. Benefícios Cardiovasculares
Iniciar a THM durante a janela de oportunidade pode reduzir o risco de a mulher apresentar eventos cardíacos como o infarto agudo do miocárdio.
Opções de Tratamento na Menopausa
1. Terapia Hormonal da Menopausa (THM)
A THM é considerado o padrão-ouro no tratamento da menopausa e síndrome climatérica, auxiliando no alívio dos sintomas e redução dos riscos de saúde.
Entretanto a indicação de tratamento deve ser avaliada de forma personalizada considerando o histórico de saúde e preferências de cada mulher e análise do risco X benefício do tratamento.
Saiba mais sobre a terapia hormonal na menopausa
2. Medicamentos Não Hormonais
Para aquelas que preferem ou necessitam de alternativas à THM, existem medicamentos não hormonais que podem aliviar sintomas específicos.
Outras abordagens como fisioterapia pélvica e terapias que utilizam o laser ou radiofrequência também podem ser úteis para alterações urogenitais.
3. Abordagens de Estilo de Vida
O cuidado com a nutrição é importante nesta fase de vida, podendo ser recomendado também o uso de suplementos para apoiar a saúde óssea, o bem-estar geral e para gerenciar mudanças de peso.
Além disso, a prática de atividade física regular também é recomendada uma vez que ajudam a manter a saúde óssea, o controle do peso a composição corporal e também melhorar o humor e a qualidade do sono.
Terapia Hormonal na Menopausa
A reposição hormonal da menopausa é uma abordagem fundamental para o tratamento dos sintomas da menopausa e para promover o equilíbrio hormonal em mulheres durante essa fase de transição.
Ela é projetada para replicar a secreção natural dos hormônios estradiol e progesterona, desempenhando um papel vital no tratamento e alívio dos sintomas que podem afetar significativamente a qualidade de vida durante essa fase.
1. Vias de administração locais/vaginais:
A administração local ou vaginal de hormônios envolve o uso de comprimidos, DIU, anéis ou cremes que são aplicados diretamente na área vaginal.
Esses métodos são especialmente eficazes para o alívio de sintomas relacionados à secura vaginal, atrofia e dor durante a relação sexual.
Eles oferecem benefícios diretos nos tecidos genitais, ajudando a restaurar a saúde e a função vaginal.
2. Vias de administração tópicas (gel, creme e adesivos):
Os géis e cremes hormonais são aplicados na pele e absorvidos pela corrente sanguínea.
Essa forma de administração é conveniente e oferece uma absorção mais rápida dos hormônios, permitindo o controle preciso das doses e uma resposta terapêutica eficaz.
Géis e cremes também são úteis para tratar uma variedade de sintomas, como fogachos, suores noturnos e problemas de pele relacionados à menopausa
3. Via oral:
A administração oral de hormônios em comprimidos e/ou cápsulas são ingeridos e absorvidos pelo trato gastrointestinal, antes de serem transportados para a corrente sanguínea.
Embora seja conveniente, a administração oral pode apresentar maior risco de efeitos colaterais e complicações, devido ao processamento hepático dos hormônios, principalmente o estradiol.
No entanto, quando não é possível repor progesterona por outras vias, essa deve ser a preferida.
4. Vias de administração subcutâneas (implantes):
Os implantes hormonais subcutâneos são pequenos dispositivos inseridos sob a pele, liberando hormônios de maneira contínua e estável por um período de quatro a seis meses.
Sua principal vantagem é a conveniência, eliminando a necessidade de administração diária de medicamentos, o que os torna especialmente atraentes para mulheres que buscam uma solução de longa duração e baixa manutenção para o alívio dos sintomas da menopausa, uma vez que eliminam a necessidade de doses diárias ou regulares.
Apesar dos benefícios evidentes, como a liberação contínua de hormônios e a consequente estabilização dos níveis hormonais, a adoção de implantes hormonais requer uma avaliação cuidadosa.
A preocupação reside na falta de validação de sua eficácia e segurança por meio de ensaios clínicos extensivos, fazendo com que sua aplicação repouse mais sobre a experiência clínica individual dos especialistas do que sobre diretrizes formalmente estabelecidas por sociedades médicas.
Portanto, a escolha do método adequado de administração da terapia hormonal deve ser precedida por uma discussão detalhada com um endocrinologista especializado.
A escolha da forma de administração mais adequada deve considerar as necessidades individuais da paciente, suas preferências pessoais e estilo de vida.
Esse cuidado assegura não apenas a eficácia do tratamento, mas também a saúde e o bem-estar da mulher no longo prazo.
É Necessário Repor Testosterona?
O uso da testosterona na menopausa deve ser avaliado de forma individualizada. Existe uma indicação para a reposição da testosterona na menopausa: o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH).
Essa é uma condição caracterizada pela diminuição ou ausência de interesse ou desejo sexual.
Durante a menopausa, as mudanças hormonais podem frequentemente levar a este transtorno, afetando significativamente a qualidade de vida e o bem-estar das mulheres.
A diminuição dos níveis de estrogênio e testosterona está frequentemente associada à redução do desejo sexual durante este período.
A reposição de testosterona na menopausa tem sido estudada como uma potencial solução para o TDSH. Embora tradicionalmente associada a homens, estudos indicam que a terapia com testosterona no climatério pode:
- Melhorar o Desejo Sexual: Aumentar o interesse e o desejo sexual em mulheres na pós-menopausa.
- Beneficiar a Função Sexual: Melhorar aspectos como excitação, satisfação e prazer.
- Ser Segura e Eficaz: Quando administrada em doses adequadas e sob supervisão médica.
Contudo, é importante notar que a terapia com testosterona na menopausa ainda é um campo em evolução.
Enquanto alguns estudos mostram resultados promissores, ainda são necessárias mais pesquisas para compreender plenamente os benefícios, as dosagens ideais e os possíveis riscos.
Por isso, a decisão de iniciar a terapia com testosterona deve sempre ser tomada em conjunto com um profissional de saúde, considerando o histórico médico individual e os objetivos específicos de tratamento.
Menopausa Precoce: O Que é?
O nome técnico para essa condição é insuficiência ovariana prematura e ocorre quando a menopausa se inicia antes dos 40 anos, afetando cerca de 1% das mulheres. Diferente da menopausa natural, ela pode ser causada por uma variedade de fatores.
Principais causas:
- Fatores genéticos
- Doenças autoimunes
- Tratamentos médicos
- Cirurgias
- Fatores ambientais e estilo de vida
Quais os riscos de ter uma Menopausa Precoce?
Mulheres que apresentam uma menopausa precoce estão sujeitas a maior ocorrência de eventos adversos. e maior morbidade e mortalidade em decorrência do hipoestrogenismo prolongado. Dentre eles, destacam-se:
- aumento na incidência e na persistência de sintomas vasomotores (ondas de calor)
- maior perda de massa óssea
- maior atrofia vulvovaginal
- distúrbios do humor
- maior risco de doença cardiovascular
- maior risco de desenvolver demência
- aumento no risco de acidente vascular cerebral
- maior risco de doença de Parkinson,
- risco de desordens oculares
- aumento de mortalidade geral
Qual deve ser o tratamento da Menopausa Precoce?
Os estudos sugerem que a terapia hormonal usada até a idade em que a menopausa ocorreria normalmente apresenta mais benefícios do que riscos.
Além da melhora dos sinais e sintomas, o tratamento com estrogênio demonstrou oferecer proteção significativa contra doença cardíaca isquêmica.
Portanto, na ausência de contraindicações, a terapia hormonal deve ser utilizada até, no mínimo, a média de idade em que entraria na menopausa naturalmente.
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